Nós esramos sempre em pecado?

NÓS SOMOS PECADORES PERMANENTES?
Durante muitos séculos, devido essencialmente à influencia de S.Agostinho pensava-se que  as crianças nasciam com o pecado original como marca indelével dos actos cometidos por Adão e Eva. O pecado seria apagado pelo baptismo e os não batisados iriam para o limbo.
Julgo  que estas ideias estão abandonadas.
A existência do limbo já foi suprimida pela Igreja
Quando ao pecado  original a ideia parece-me inaceitável. Custa a compreender que se pudesse pensar que um Deus que acima de tudo é misericordia e amor imponha um castigo eterno atingindo quem não o cometeu.
O pecado original terá existido mesmo ou será uma metáfora? Num capitulo anterior analisei este tema, conclui que era uma metáfora significando         a  atribuição  ao homem a consciência com a consequente liberdade de escolha entre o bem e o mal.
A liberdade de escolha pode implicar más opções e a escolha do mal. Mas pelo facto de o homem poder escolher o mal implica trata-lo como pecador permanente, como aparece enunciado em muitas orações – Santa Maria Mãe de Deus rogai  por nós pecadores (Ave Maria) degradados filhos de Eva (Salvé Rainha) e na própria confissão recitada na missa?
É evidente que não existe um homem que nunca pecou. Os actos cometidos podem afectar o próprio, os próximos, a comunidade e, evidentemente, as relações com Deus.
O que fazer? A única solução possível  é o arrependimento,  a reparação do mal feito  se for possível e um desejo forte de não repetir.
O pecado é essencialmente uma ofensa a um Deus que nos ama. Por isso numa situação destas temos que nos dirigir a Deus para pedir desculpa mas acima de tudo para nos  dar força e discernimento
Muitas vezes fica no pecador um sentimento de remorso, de angustia que não passa. Nestes casos a confissão pode ser um auxiliar precioso. Ao expor a alguem preparado o que vai no nosso intimo e receber um perdão explicito de Deus, a angustia é substituída pela tranquilidade e por um desejo de ser melhor.
A atendendo a que o desejo da confissão resulta de um sentimento pessoal do próprio, parece-me que a sua frequência não deve ser calendarizada  nem obrigatória
Será que o homem é um pecador permanente? Certamente que não. A vida do homem estará certamente cheia de  opções lamentáveis de que se arrependeu mas deverá estar cheia de boas acções que mostram o seu amor  a Deus e ao próximo.




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